CONSELHO MISSIONÁRIO PAROQUIAL - COMIPA
1. JUSTIFICATIVA A Missão primordial da Igreja é ser Missionária. Por isso, é necessária a criação e a organização, em nossas paróquias, de um Conselho Missionário Paroquial que, com discernimento evangélico, a partir do encontro com Jesus Cristo, avivará o espírito missionário de nossa ação pastoral, promovendo “atitudes e iniciativas de autoavaliação e coragem para mudar o que é necessário, visando à conversão pastoral e a renovação das paróquias”.
2. REFERÊNCIA EVANGÉLICA “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos… ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (MT 28, 19-20). “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9,16).
3. CONCEITO É um Conselho Missionário Paroquial que, sob a coordenação do Pároco, tem o compromisso de planejar e promover ações que mantenham viva a dimensão missionária da Igreja nas comunidades (matriz e capelas). É um organismo que impulsiona de forma permanente a ação missionária paroquial visando ao fortalecimento da fé, comunhão e participação eclesial dos paroquianos.
4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL: Promover a organização da ação missionária paroquial (matriz e capelas) e a formação de discípulos missionários para o trabalho de evangelização comunitária.
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Coordenar a ação missionária paroquial, promovendo a integração de todas as pastorais e movimentos;
b) Promover e gerar iniciativas de diálogo e crescimento da consciência missionária nas lideranças e pastoralistas;
c) Formar discípulos missionários para o trabalho de evangelização a domicílio;
d) Articular a dimensão missionária como prioridade junto ao CPP, e CAEP,
e) Identificar e estimular estratégias para animação missionária na comunidade paroquial a partir de todas as pastorais, movimentos e atividades.
5. FINALIDADES
a) Integração dos agentes e unidade na ação missionária;
b) Desenvolvimento de uma consciência missionária no âmbito paroquial;
c) Reaproximação dos católicos afastados da Igreja;
d) Discernimento evangélico nas ações e promoções paroquiais e comunitárias para que sejam ações de promoção de vida e de paz;
e) Fazer com que a dimensão missionária norteie as pastorais e movimentos, zelando para que suas promoções comunitárias favoreçam sempre a transmissão da fé e dêem testemunho de vivência cristã;
f) Colaborar, sempre que solicitado, com outras comunidades paroquiais, especialmente no que tange à formação de agentes missionários;
g) Informar sobre o andamento das atividades da Ação Missionária da Diocese.
h) Animar a ação missionária paroquial em todas as comunidades de fé.
6. ATIVIDADES
a) Fazer o chamamento de voluntários para a preparação e formação de missionários;
b) Promover retiros, encontros com Cristo;
c) Fornecer subsídios para melhor conhecimento da atividade missionária;
d) Acompanhar todas as Pastorais e movimentos, subsidiando-os para manterem presente, em suas atividades e promoções, a dimensão missionária da Igreja.
e) Manter reunião mensal dos missionários, partilhando as ações evangelizadoras e dirimindo dúvidas que surgirem;
f) Mapear cada comunidade, identificando todos os setores por números e as ruas por nome e por nº de moradias;
g) Avaliar a ação missionária e sua repercussão no crescimento da fé e na participação comunitária dos paroquianos;
h) Elaborar cronograma de ação missionária em sintonia com o COMIDI;
i) Elaborar material de formação missionária paroquial e de sua divulgação;
j) Representar o COMIPA no COMIDI e nas Áreas Pastorais da Diocese;
L) Manter reuniões mensais de partilha de vivência missionária e atualização.
7. METODOLOGIA – ver, julgar e agir / avaliar O método VER, JULGAR E AGIR, adotado pela V Conferência de Aparecida, não é mera técnica de trabalho, mas vem carregado de conteúdo, orientado ao comunitário, método apropriado à comunidade eclesial no seu ser, no seu pensar e no seu agir conjunto.
a) VER: apresentação da realidade como marco referencial. Implica em ver o grau de missionariedade nas ações e promoções paroquiais, mantendo-se a prioridade evangélica em relação aos pobres e excluídos e as prioridades diocesanas na formação e acolhimento das famílias e jovens e crianças.
b) JULGAR: discernir com os olhos em Jesus o nosso agir pessoal, pastoral e comunitário.
c) AGIR: tomar atitudes de auto-avaliação e coragem para mudar o que é necessário, favorecendo, sempre, a ação evangelizadora.
d) AVALIAR: criar instrumentos de avaliação qualitativa e quantitativa da ação missionária desenvolvida, desde a seleção e formação de missionários; a inserção e participação comunitária dos paroquianos e até o atendimento prestado pela visitação domiciliar.
8. COMPOSIÇÃO
a) Coordenação da Ação Missionária Paroquial – Pároco
b) Coordenador do Conselho Missionário – Representante do CRP ou outro eleito.
c) Secretário (a) – Alguém do CPP.
e) Representante de cada Comunidade de fé (Matriz e Capelas)
9. RECURSOS
9.1. RECURSOS HUMANOS: Pároco, lideranças de pastorais. Integrantes de todos os movimentos, fraternidades e membros da comunidade.
9.2. RECURSOS MATERIAIS: Bíblia, documentos da Igreja (Documento de Aparecida, Diretrizes Nacionais de Evangelização, Diretrizes Diocesanas), Manual de visitação, “folders”, mapas, vídeos, “data show”, textos de divulgação, Documento sinodal diocesano, outros manuais.
10. CRONOGRAMA O cronograma será estabelecido conforme orientações do COMIDI e atualizado segundo necessidade da ação evangelizadora:
a) Motivação e mobilização dos agentes de pastorais.
b) Publicidade do projeto evangelizador.
c) Elaboração de material.
d) Curso de formação missionária.
e) Abertura oficial da atividade missionária
f) Avaliação e replanejamento de atividade missionária.
OBSERVAÇÃO: Todos os missionários que já desenvolvem atividade missionária de visitação domiciliar, desde que designados pelo Pároco, devem continuar sua ação missionária. Deverão, todavia, atualizarem-se no trabalho missionário pela formação a ser oferecida, aperfeiçoando suas condições de discípulo missionário e incrementando as visitas com a bênção das casas e reuniões com grupo de famílias para momentos de oração e encontros que forem definidos na Paróquia.
O que é o COMIPA?
É um organismo que impulsiona de forma permanente a ação missionária paroquial. É formado por um grupo de pessoas que animam consciência missionária na paróquia, visto que a dimensão missionária deve iluminar toda sua reflexão e ação e perpassar todas as suas estruturas e grupos existentes. Não é uma nova pastoral ou movimento. A presença do COMIPA em uma paróquia não significa uma atividade a mais. O COMIPA é um instrumento de reorganização da mentalidade paroquial.
Por que criar o COMIPA?
COMIPA torna-se o ponto de referência do aspecto missionário na paróquia, o estimulo permanente a fim de que a paróquia viva seu compromisso com o anúncio do Evangelho como dimensão essencial da vida da Igreja. Existe para articular dimensão missionária na paróquia e fortalecer sua organização e ação missionária.
Para que existe?
O COMIPA assume uma dupla missão:para dentro da paróquia: despertar, motivar, manter viva e levar todos os grupos, movimentos e as pastorais à sua responsabilidade missionária;
para fora da paróquia: fazer sair do recinto paroquial e chegar a todas as pessoas abandonadas pela paróquia e àquelas que sua pastoral ordinária não consegue atingir.
Concretamente, o COMIPA existe para:
Coordenar a ação missionária paroquial, promovendo a integração de todas as pastorais, grupos e movimentos, envolvendo-os na missão;
Articular a dimensão missionária como prioridade junto ao Conselho de Pastoral e Econômico;
Planejar, promover e avaliar iniciativas e atividades missionárias que devem perpassar todos os setores da paróquia;
Planejar e propor estratégias para animação missionária a partir de todas as pastorais, grupos e movimentos;
Incentivar, promover e realizar formação missionária dos agentes de pastoral;
Incentivar e ajudar a paróquia na implantação e/ou fortalecimento dos organismos missionários: Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), etc.